O Centro Materno Infantil de Contagem - CMI já vive uma nova fase com a retomada, neste mês de setembro, das cirurgias ginecológicas e de mama, para a retirada de pequenos nódulos e biópsia. Essa foi uma das boas notícias que a prefeita Marília Campos recebeu durante uma vistoria à unidade realizada na manhã desta quarta-feira (29/9). A retomada dos procedimentos vai desafogar a fila de espera que tem 2.500 mulheres aguardando desde 2017.
Boa notícia essa que beneficiou mulheres como a moradora da Vila Madalena, a dona de casa, Rosemeire Abreu dos Santos, 39 anos. No último dia 9 de setembro, ela foi submetida a uma cirurgia para a retirada do útero devido a uma adenomiose uterina. “Eu estava na fila aguardando essa cirurgia desde 2019. Sentia fortes dores, passei por momentos difíceis. Quando fui comunicada que ela ia finalmente acontecer, eu fiquei muito feliz”, conta ela enquanto aguarda ser chamada na recepção para a retirada dos pontos. De acordo com a direção da unidade, as consultas e procedimentos estão sendo realizados de segunda a sábado para atender o maior número possível de mulheres.
Vistoriando, no primeiro andar, o Pronto Atendimento Obstétrico, o bloco cirúrgico, e no quarto andar, o Alojamento Conjunto, a prefeita Marília Campos ouviu de vários funcionários que as melhorias estão acontecendo. A auxiliar de limpeza responsável pelas salas de pré-parto do primeiro andar, Marsilene Soares de Oliveira, junto com a colega Maria Rita Peixoto, também afirmam que as dificuldades enfrentadas ficaram para trás. “Na época do IGH aqui estava tudo sujo, tivemos que limpar parede, chão, dentre outros. Como não tinha material de limpeza, o jeito era ir na fé de Deus”.
A enfermeira efetiva, Luciene Aquino, 50 anos, que trabalha no Alojamento Conjunto afirma que já pode sentir uma melhora pós-intervenção. “A intervenção trouxe uma rapidez na resolução dos problemas e também uma confiança que as coisas vão se resolver”.
“A gente percebe vários avanços após a intervenção aqui no CMI. O primeiro é a retomada das cirurgias ginecológicas e de mama. Demandas históricas, pacientes que esperavam a mais de dois, três anos. São cirurgias que têm um comprometimento social na vida pessoal dessas mulheres. Além disso, percebemos que os servidores resgataram a confiança na gestão”, comentou o vice-prefeito, Ricardo Faria.
Aos servidores concursados da Secretaria de Saúde, a prefeita Marília Campos afirmou que a Organização do Serviço Social - OSS, que será criada, vai trabalhar para que o cidadão de Contagem seja respeitado e a fila das consultas especializadas seja eliminada. “A gente vai acabar com a fila das consultas e das cirurgias especializadas. Essa é uma meta do nosso governo, seja fazendo aqui no Centro Materno Infantil, seja nas clínicas especializadas com as quais celebramos convênios. A prioridade do nosso governo é investir mais na saúde para que o cidadão seja respeitado e bem atendido.”
Raio-x
No Centro Materno Infantil - CMI - trabalham aproximadamente 1.200 profissionais ao todo. São 171 leitos, com fluxo médio de 1.700 atendimento obstétricos, realizando em média 400 partos/mês. Os atendimentos pediátricos ficam entre 2.300 a 2.500 mensais. Funcionando dentro do sistema dupla porta - atendimento espontâneo e referenciado - a unidade é referência no atendimento da micro região que engloba as cidades de Ibirité e Sarzedo, bem como atrai também usuárias moradoras das cidades limítrofes à Contagem, como Belo Horizonte, Betim e Ribeirão das Neves.
Segundo dados da administração, 68% dos partos realizados na unidade são normais, 32% são feitos por cesárea, ficando dentro do que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Acompanharam a vistoria a diretora geral do CMI, Cristiane Rosalina Oliveira, e o diretor técnico, o médico ginecologista e obstetra, Wilton Braga de Oliveira.
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